terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Rapidinhas 03 ...

- Chinelada:

É incrível como o azar me persegue. Acho que em algum momento da minha vida vou ter muita sorte, porque o que estou “gastando de azar” em um espaço de tempo tão curto vai dar pra ficar uns 2.000.000.000.000 de anos só curtindo.
Em uma de nossas viagens a Japuíba (Cachoeiras de Macacu) pegamos um feriado muito chuvoso e como em sítio não tem muita coisa pra fazer os três irmãos, Marcela, Marcel e Marcelo, resolveram ficar fazendo bagunça no quarto. Minha sogra já irritada mandou que eles ficassem quietos por causa do barulho exorbitante que estavam fazendo. Aquela “zona” já estava irritando até a mim. Fala sério. Todos já tínhamos mais de 16 anos naquela época. Ficar de brincadeirinha de travesseiro já era muita bobeira. Depois da terceira bronca minha sogra já veio, da cozinha, com o chinelo na mão. E eu já estava sem o mínimo de paciência com eles. Estava chovendo e fazendo um frio do cão. O que custava eles ficarem quietos. Bem feito. Tinha certeza de que eles iriam apanhar.

Sogra: Já falei pra parar com isso não é ? Já avisei mais de três vezes.
PLAF!
Marcela: Aieh!
Sogra: Cansei de falar !
PLAF!
Marcel: Poh! Sacanagem mãe.
Sogra (The Murder): Sacanagem ? Eu também te avisei.
PLAF!
Marcelo: Sem necessidade isso.
EU (em pensamento): Bem feito para os três. Bando de desordeiros.
Sogra (Minha heroína): Avisei a você também.
PLAF, PLAF, PLAF !
EU: Posso saber o motivo de eu ter apanhado e porque levei mais chineladas do que os outros ?
Sogra (Brutality Woman): É por garantia. Você poderia estar envolvido.





Agora entendo como funciona a cabeça de um policial militar. O pior é, como sempre, sofri punição sem ter feito nada e ainda fiquei com a Marcela rindo da minha cara. Na boa. Se algum de vocês precisar atravessar em meio de um tiroteio é só me levar junto. Tenho certeza que todos os projéteis vão pegar em mim.

- Guitarras envenenadas:



Gostaria de entender o porquê de que quando gostamos de alguma determinada coisa nossa namorada, noiva ou esposa trata aquilo como se fosse um cisco no umbigo.
Nunca fui muito fã de futebol, puteiro e vídeo-game mas gostava de tocar guitarra. Eu disse puteiro também?
Sempre foi uma luta conseguir instrumento pra mim. Primeiro que nunca tive muita verba disponível e segundo que sou canhoto. Isso quer dizer que além de ser difícil encontrar bons instrumentos quando os encontramos eles são os olhos da cara.
Após muita luta vendi minha Jennifer Strato, a Golden Les Paul, que e uma outra que nem marca tinha. Todas para destro. Para quem não entende vou explicar. Strato e Lês Paul são os modelos. Jennifer e Golden são marcas e genéricas. Com o dinheiro da venda, e o que tinha no banco, comprei vários pedais de efeito e distorções. E comprei minha primeira Ibanez. Igualzinha a de cima. E ainda era própria para canhoto. Tudo isso para poder fazer um excelente som. Após todo esse investimento e treinamento rigoroso consegui tocar isso...




Isso é o final da Eruption. Música do Van Halen.
Veja o vídeo aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=ULEBSxP725w

Logo que conclui fui correndo mostrar pra Marcela. Levei todo meu equipamento pra casa dela, liguei tudo mandei ver. Tudo perfeito. Igual ao original...

EU: Viu amor ?
Marcela: Que lindo meu anjo. Mas pra que isso serve? Barulhinho chato.
EU: ..........................


Sabe quando você vê todas aquelas horas e dinheiro gastos em apenas um segundo ? Ainda tenho a guitarra mas o resto vendi tudo. Queria só ver aquela indiferença se tivesse comprado um armário cheio de sapatos femininos e uma tonelada de esmaltes de cores diferentes.
Que humilhação!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Rapidinhas 02 ...

- Tiro de “doze”:

No início de nosso namoro viajávamos bastante para casa do meu sogro em Japuíba. Lá é muito legal. Tem o clima bem de interior mesmo
As viagens sempre foram muito tranqüilas e confortáveis. Eram 6 pessoas dentro de uma FIAT uno 98 que não tinha espaço nem pra pensar. Quando chegávamos no terreno e as portas se abriam era carona voando pra tudo quanto é lado.
Por volta do nosso terceiro ou quarto ano de namoro é que aconteceu o “tiro”. Em uma dessas viagens a marcela me fez cancelar um ensaio da banda em cima da hora para eu poder ir junto com ela. É claro que todos da banda quiseram me matar. Muito contrariado chamei sua atenção afirmando que ela não poderia exigir minha presença e muito menos jogar meus compromissos pro alto. Quem conhece a Marcela sabe que quando não fazemos o que ela está pedindo o tempo fecha. Lembram do lance do Darth Vader a duas atualizações passadas ?
Já dentro do carro, enquanto tentava fazer-la entender minha disponibilidade, a menina estava de cabeça baixa apertanto uma garrafa de água vazia daquelas que a tampa é só de pressão e não tem rosca.
No final do meu discurso, vendo que a tampa poderia soltar, comentei:

Eu: Marcela, cuidado com essa garrafa. Essa tampa pode acabar .......


Marcela: .................................................... Machucou amorzinho ?
Eu: Não !
Marcela: Posso rir então ?
Eu: ..........................

Tenho certeza que, ao acertar meu olho com a tampa, ela ficou feliz pois conseguiu descontar a raiva pelo fato de eu estar falando igual a uma matraca e ainda por cima foi sem querer, o que minimiza toda sua culpa.




- Sandália para sogra:

Não sei todo homem é babaca ou sou apenas eu. Minha querida e amada NOIVA queria comprar uma sandália para sua mãe. Eu e a Conceição, minha sogra, calçamos o mesmo número então ela, como não tinha certeza se o modelo escolhido caberia no pé de sua mãe, teve a brilhante idéia de colocar a sandália no MEU pé. E para saber se ficaria realmente bem me fez andar até o final da loja e voltar.
Foi o único desfile homossexual no Rio Shopping. E a estrela da tarde fui eu.


Rapidinhas ....

Ao ler isso tenho certeza que já se pensa sacanagem mas desta vez, por incrível que pareça, não é. Este tópico será exclusivo para contos mais curtos porém não menos engraçados. Se é que meus relatos são engraçados.

- Carona:
Eis em que em uma sexta-feira, dia em que saio uma hora mais cedo do trabalho, liguei para a Marcela para avisar que ia chegar mais rápido em casa mas adivinhem só. Peguei um engarrafamento absurdo na saída da Ilha do Governador e não liguei para avisar que ia acabar me atrasando ou “não me adiantando” se é que posso colocar desta forma...
Neste dia lindo resolvi dar uma carona para Luciane, minha nova colega de trabalho, e também não avisei nada para minha querida Noiva.
O celular da Luciane toca. Era sua irmã.
Passados então 10 minutos a Marcela me liga perguntando onde eu estava. Expliquei que estava preso no trânsito e aproveitei para me desculpar por não ter ligado e pela possível demora. Neste exato momento a Luciane solta uma gargalhada .....
A Marcela perguntou quem estava comigo e por qual motivo não falei isso .... A matemática não estava ao meu favor...


Para explicar é fácil ... difícil é fazer ela entender.

- Quase sexo casual:
Após 20 horas dirigindo chegamos a Foz do Iguaçu. Quem passa por aquelas bandas tem que ir ao Paraguai e Argentina e como não sou diferente de ninguém acabei indo. Comigo foram o Renato, Paulo e Thiago. Este último, que se considera punk, é um maníaco. Não pode ver mulher. Pena que lhe falta habilidade para com a espécie feminina. Então, no Paraguai, em uma das lojas que visitamos, o maníaco punk gostou de uma das meninas e como já tinha puxado assunto com a Carmen, umas das atendentes da loja, achou por bem me pedir para comentar com ela sobre essa menina.
Então ele teve a idéia de marcarmos para nos encontrar a noite e ela poderia levar sua amiga e nos apresentar melhor seu País. É claro que ele só teve a idéia. Quem teve que ir falar com a Carmen fui eu.
Apesar da dificuldade de comunicação em virtude do meu espanhol horrível consegui fazer o “convite”. Comentei sobre nossa dificuldade de comunicação, ela concordou e rimos um pouco sobre isso. O Renato nos viu rindo, se aproximou e perguntou o que estávamos tramando. ...

Renato: Estou só vendo vocês de longe hein.... Toma cuidado com esse garoto... O que vocês estão tramando?
Eu: Nada de mais ...
Renato: Não te perguntei nada seu mané .... perguntei a ela. Então, o que esse rapaz está tramando ?
Carmen: Nada demais, Ele me convidou para sair a noite. Agente quer sair para se conhecer melhor e se curtir um pouco ........
Renato: ......................................................
Eu: .......................................

Gente, meu Espanhol pode ser ruim, mas não convidei ela pra sair. Apenas espliquei o que o Thiago me pediu e ainda pedi para ela levar uma amiga. De onde ele tirou que eu queria curtir alguma coisa com ela eu não sei. O brabo foi ter que explicar isso pra Marcela quando ela me adicionou no MSN e no Orkut. ´
O pior e que a garota não era nem tão gata ..... Ainda tenho a foto que ela me mandou...


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Barulinho no bolso...

Após meses sem escrever por motivos de "faculdade-e-trabalho maior" volto com força total. Apesar e ficar todo esse tempo longe do teclado minha vida não parou. Ou vocês acham que minha sorte ia voltar? As únicas coisas que voltam são meus cheques...
Estava tão atarefado no trabalho que fiquei 5 semanas sem aparecer direito na faculdade.
Faltei em um mês tudo que o semestre permite.

Bom, sabemos que todo casal tem desentendimentos, isso é fato. Mas graças ao bom Deus conosco são apenas briguinhas que logo são finalizadas. Finalizadas igual ao jiu-jisu. Elas sempre terminam com algum arm-lock, crucifixo ou o bom e velho knock-out.



Este conto se passa no meu último dia de trabalho na B2B soluções. Após 4 anos de trabalho heavy metal me desliguei da empresa para algo mais direcionado a minha graduação (sistemas de Informação). Neste lindo, dia onde os passarinhos cantavam live and let die, passei o inferno na terra. Tinha que aprontar com a contadora os documentos pendentes para admissão na EISA, meu novo trabalho, tinha que passar o trabalho para meu "substiscravo", tirar fotos e ainda fazer meu trabalho matinal. Estava vendo que meu dia ia ser um inferno até a hora da janta...


No fim do dia não tinha forças nem para ir a faculdade. Aproveitei e faltei. O que é mais um dia para quem faltou 5 semanas? Fui buscar então a Marcela. Afinal queria ver minha mulher. A mulher que amo e desejo. Aquela que......

Já no carro........

Marcela: Oi amor
EU: Oi princesa! Como foi seu dia?
Marcela: Tranquilo! e como foi sua despedida na empresa? As meninas te deram algo para te deixar com saudade ?
EU: Saudade? meninas? como assim meu amor?
Marcela: ............Me desculpe. Meu dia hoje foi complicado. Muita coisa na cabeça.

Achei estranho aquilo. Ela não é de ter ciúmes. Aquilo foi estranho mas continuamos
conversando até seu apartamento. Chegando lá demos nosso merecido beijo de boa noite.
Aquele beijo longo e com a mão dela na minha perna... perto do bolso e "pardblergsht
(barulho de saquinho)".
O beijo parou na hora. Ela olhou pra mim com uma cara de morte.

e foi ai que começou...

Marcela: Que porra de barulho é esse ? deixa eu ver o que é barulho de pacote no seu bolso.
Seu safado! Depois diz que não teve despedida de menina nenhuma.
EU: Mas meu anjo.
Marcela: CAAAAALEEEEEEeeeeessaBOCAAAAAAAAAAAAA! (estilo Kiko) Você acha que eu não conheço barulho de pacote de camisinha ?
EU: mas é que....
Marcela: Deixe eu ver isso A-G-O-R-A !
EU: Marcela, você não confia em mim ? .......................
Marcela: tem razão amor....desculpa. É que eu....


EU: Que soco foi esse Marcela? Pra que isso ? Larga meu bolso.....solta isso....solta.

Marcela: Eu vou te matar seu verme! Deixa eu ver isso. Deixe-me ver agora!
Foi então que ela conseguiu pegar o negócio no meu bolso. O clima ficou tenso e sério.
Me senti como se estivesse errado mas ao mesmo tempo sabia que poderia controlar o lado negro da força. A Marcela está com 5 níveis a mais que o lado negro. Ela é o lado branquela .....e azeda .....



O que tinha no meu bolso era um pacote de anti-gripal. Aquele “barulinho” tirou a bruxa do sério. Bruxa? Eu disse isso ?
Eu realmente me pergunto o que teria acontecido se ela tivesse encontrado camisinha no meu bolso.
Achou que sua vida era complicada? Quase morri por causa de um remédio para gripe. Da próxima vez fico doente. É mais seguro assim...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O início da imortalidade...

É incrível como a vida pode ser considerada uma escola não é ? Vocês acham que não tive treinamento árduo para entrar no nível da imortalidade? Acham que o post anterior foi um acontecimento isolado? Mas não foi mesmo.
Meu pai costumava me dizer para curtir certos momentos da vida pois, por mais difícil que pareca estar, o grau de dificuldade das coisas sempre vai aumentando com o passar do tempo. Como filho “padrão” sempre escutava mas não entendia corretamente aquilo. Esse tal “grau de dificuldade” também está diretamente relacionado ao meu namoro com a Marcela é claro. Porque que as coisas tem que ser fáceis para mim? Se tudo fosse fácil não tinha ninguém rindo da minha cara a 10 posts.
Com aproximados quatro anos de namoro eu e a Marcela já trabalhávamos. Eu, na Mundial Sistemas, uma pequena empresa “informal” situada na Freguesia-JPA e a Marcela no Super Mercado Sendas, também na Freguesia-JPA. Na época, com 18 anos, eu ganhava a fortuna de R$ 400,00 trabalhando de segunda a sexta 9 horas diárias e minha noiva, também com 18 anos, tirava R$ 280,00 para trabalhar todos os dias, comendo comida velha e sendo descontada pelos “furtos” que não cometia. Digo furtos porquê o dinheiro sumia na tesouraria e era descontado dos caixas dos atendentes. Chateado com aquela situação consegui uma vaga de atendente na “empresa” que eu trabalhava. Ela também já não agüentava mais aquilo. Agora ela é funcionária pública, graduada pela UERJ e quase com a pós-graduação iniciada, mas ela sabe o que é trabalhar muito para quase nada de retorno.
Até agora não tem nada de engraçado. Só tem desgraça. Mas podemos considerar nossos salários da época como hilários pelo menos. O brabo é que a além de semi-escrava a Marcela teve que pedir demissão das Sendas para ir trabalhar na Mundial Sistemas e é exatamente aí que a comédia começa a tomar forma.
Definitivamente a Marcela não é especialista em contar as coisas. Para esse caso então menos ainda. Ela tinha decidido sair das Sendas e ir para a Mundial Sistemas e queria comunicar isso aos pais. Em uma análise rápida temos:

SENDAS: Escravidão, salário ridículo e absurdos cometidos pela administração.

MUNDIAL SISTEMAS: Salário 30% melhor e a carga horária 50% menor.

Tenho certeza que os pais dela não iriam ligar para essa troca mas mesmo assim ela estava nervosa e apreensiva e pediu minha presença para ela comunicar que estava saindo das Sendas. Saí da empresa e fui para a casa dela mesmo muito cansado pelo dia de trabalho. Quando cheguei lá fui para o quarto e ela pediu que a acompanhasse até a sala para poder comunicar o ocorrido. Agora prestem bem atenção na sena.
A Marcela sai primeiro do quarto com cara de triste e eu saio logo atrás com a cabeça abaixada e a mochila nas costas. Ela, com a voz tremendo, fala:

“Pai........mãe....... eu e o Marcos queremos falar uma coisa para vocês.....”

Não é por nada, mas se minha filha me chama a atenção desta forma o mínimo que eu ia esperar é ela terminando a frase.....

“EU ESTOU GRÁVIDA”......



E vocês acham que meu sogro pensou algo diferente disso? Tanto não pensou que ele arregalou os olhos, fechou a cara e mandou:

“Fala logo Porra.... O que aconteceu?”

Quando percebi que o clima estava ficando brabo tratei de melhorar minha cara de cansado pois parecia que tinha feito alguma merda com a filha do cara. Tratei de apressar a Marcela...

FALEI: “Pode falar amorzinho..... está tudo bem..... é o trabalho né ?”
PENSEI: “ Anda porra.......olha a cara do teu pai.....quer me ver morto? Presta atenção, pelo amor de Deus....”

Quando ela falou que era o lance da troca de emprego meu sogro fez aquela cara de alívio e comentou:

“Ah! Porra....... está bom..... acabou?”

Isso, na minha interpretação, foi um tipo de “UFA!” tanto para mim quanto para ele.....
Após o ocorrido chamei a Marcela no canto e falamos um pouco. Ela mandou aquele sorriso amarelo, falou que tinha percebido a situação mas não ligou muito. Mais dois minutos naquela situação meu sogro iria tomar providencias para eu não fazer mais filhos...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O noivo imortal ...

Avançando para os dias de hoje, exato dia 21/06/09, apresento Saquarema como palco desta minha história.
Com DEZ anos de relacionamento você se coloca em um patamar de segurança e habilidade inquestionáveis. Me considero no mínimo FODA. Humildade o caramba. Sou foda o suficiente para não dar nenhum “mole” com sogro, outra mulher, lingerie de outra na gaveta, jogar amigas em piscinas e por ai vai...
No início do ano eu e Marcela compramos um carrinho maneiro. Um Palio Weekend 97 verde que era do meu sogro. Ela estava inteirinha. Só gastamos R$ 2.200,00 de peças e manutenção. Só isso..... E ainda ganhei bronca do Sr. Oscar (SOGRO) por que o motor estava um pouco sujo. Acho que a limpeza era mais importante do que a ponta da homocinética esquerda, os quatro amortecedores, batentes, buchas, alinhamento, troca do óleo semi-sintético, troca do filtro de óleo, freios, IPVA, vistoria GNV, insulfilm, som, 4 auto-falantes e por ultimo o maldito RESERVATÓRIO DE ÁGUA. Se não fosse por este último não tinha que usar minhas habilidades imortais ensinadas por meus mestres.


Após a troca de todas estas peças o carro realmente ficou maneiro. Tenho dívidas que só vão acabar no apocalipse mas o carro está bom. Para ele ficar 100% mesmo só faltam as trocas das borrachas da porta, os quatro limitadores de porta, revisão na parte elétrica, troca de óleo da direção, troca do óleo de freio, pintura, revisão nos vidros elétricos, troca do coletor e tubo de ar e... alguém conhece uma concessionária baratinha? Ou alguém tem alguma arma? Vamos assaltar um Banco desses ? É rapidinho. Se algum policial nos pegar eu conto essa história e ele, de repente, nos dá R$ 50,00 para ajudar nas despesas do carro. Com R$ 50,00 já compro duas borrachas das portas.
Tenho problemas sérios com desvio de atenção. Vamos voltar ao tema....

Fomos então, com o carro 90% ok de acordo com minha concepção, para Saquarema. Viajamos no sábado a noite pois a Marcela tinha curso o dia inteiro impossibilitando a viajem mais cedo. O bichinho anda. Também com motor 1.6 16v. Na ida paramos na estrada para abastecer o GNV. Tenho o costume de sempre verificar a pressão do gás e olhar o que estão fazendo no meu motor. Sou todo fresco com o carro mesmo. Quando olhei para o reservatório de água vi uma rachadura perto da tampa. Com a pressão estava vazando um pouco. Fiquei preocupado pois se aquilo quebrar de vez, com a pressão, prejudica o sistema de refrigeração e o carro pode “ferver” gerando vários problemas considerados como “MUITO CAROS”.
Chegamos então ao destino e comuniquei o ocorrido ao meu sogro e deixamos para verificar isso no dia seguinte. Curtimos o dia...





De tardinha o Sr. Oscar utilizou de seus métodos extremamente eficazes na solução deste problema. Iríamos viajar de volta no fim do dia e ia ser muito ruim voltar com o carro naquela situação.
Tenho que admitir que o cara é bom. Ele usou Superbonder com algodão. Lixou o reservatório para limpar e melhorar a aderência na superfície. A Superbonder petrificou as fibras do algodão que em contato com o reservatório criou um acamada que tampou a rachadura. O cara é o MacGyver. Vejam como ficou a parada...

Após o reparo fantástico meu sogrão lembra do “respiro” quebrado e diz que é só prender com um lacre de fio e pede para eu procurar no porta-luva. Eu sabia que não tinha por que tinha arrumado o carro todo recentemente mas fui verificar assim mesmo. Comuniquei a ele que não tinha e sai do banco do carona. Ele saiu da frente do carro e foi olha o porta-luva. De repente eu escuto:

“ O que é isso aqui ? Ahhhhh! Eu sabiiiiaaa. Depois diz que não né ?”

Eu fiquei curioso para saber do que ele estava falando....foi quando lembrei das minhas amiguinhas Jontex....... Esqueci que aquela merda estava lá. Pode parecer absurdo o pai dela fazer esse tipo de comentário após 10 anos de namoro mas vocês não conhecem a peça. Ainda não tinha olhado para a cara dele e pensei que ele ia estar muito puto da vida. Foi quando ele veio, com um puta sorriso na cara, e manda:

“Peguei né ? a Marcela sabe disso ? hauahuahauhauahuahhaau”....

Ele riu disso ? Era para ele ter me matado umas 3 vezes. Não é possível. Só pode estar chegando o fim dos tempos. O bom é que se o apocalipse realmente está chegando minhas dívidas estão acabando.



Ontem descobri que realmente sou F.O.D.A (Fui um Ótimo De uma Anta).

O caso Elisa Picquenard 02....

Tempos atrás, na época da escola, minha Marcela dizia que eu e a Elisa tínhamos uma espécie de “caso”. Isso porque de vez em quando aconteciam, obviamente sem querer, coisas como a do “Caso Elisa Piquenard...” citado a dois posts atrás.
Pois bem, não satisfeito em ver, mesmo que por um breve instante, a comissão de frente de minha respeitável amiga Magrela, ou “Puro Osso”, eu tinha que aprontar mais alguma coisa. Nesta época o Guga era "peguete" da Elisa como podem observar na foto do dia do evento:


Desta vez a quantidade de pessoas envolvidas era bem maior que a anterior. Nesta época, com quase dois anos de namoro, ainda era ruim conseguir tirar a Marcela de casa para alguma coisa. Meu sogro era carne de pescoço e marcava durinho, durinho.
O evento era “O” churrasco na casa de nosso amigo Gustavo Vinhas. Casinha maneiríssima, os pais dele são gente finíssima e sem falar de seu irmão e seu Puddle branco. Chamava o Gustavo de Mister Guga e ele me chamava de Mister Marck. Nomes loucos estes porque tocávamos guitarra e é mais ou menos assim que os guitarristas famosos são anunciados em espetáculos...
Uma das coisas mais legais da casa do Guga (Gustavo Vinhas) era a piscina, palco de mais um acontecimento com a Puro Osso.......digo, Elisa. Passamos uma tarde ótima. Brincamos muito, curtimos a excelente comida e finalmente é chagada a hora de partirmos. A galera foi trocando de roupa e eu enrolando um pouquinho para curtir mais a piscina. Foi então que a Marcela me chama:

“ Vamos Marcos. Meu pai já está quase chegando. Ele vai nos dar uma carona . Você vai comigo certo?”

Até hoje não sei ao certo se esse tipo de coisa é considerado como pergunta. Imaginem se eu digo que não vou porque quero ficar lá mais um pouquinho. Até parece que ela ia aceitar tal coisa. Até hoje não sei o motivo dela fazer esses tipos de perguntas. Eu não tenho muita escolha mesmo. Ela costuma fazer esses tipos de caras após as supostas opções dadas...


O que sei é que sair meio transtornado da piscina e adivinhem que vem de encontro a mim ? A pobre da Elisa. Ela estava usando aqueles shortinhos de praia e uma blusinha branca. Não lembro da cor do short mas a da blusa eu lembro muito bem. Ela passou por mim pela beira da piscina então não pensei duas vezes. Dei apenas um empurrãozinho e então “Chuá!” . Pela roupa tinha certeza que ela ainda estava de biquíni. Ela demorou uns vinte segundo para subir. Fez questão de cruzar toda a piscina até onde a galera não estava. Eu a segui, solidariamente, para ajudar a sair da água. Afinal eu não ia ser escroto o suficiente para derrubá-la e não ajudar a sair da água.
Quando fui de encontro a ela, com água pela cintura ela estava assim:




Pro caralho que raio não cai duas vezes em um só lugar.
Ela JÁ TINHA trocado de roupa. O que eu podia fazer? Gritar "Peitinhoooooooo" ?

Olhei para cara da Elisa, para o “impossível de não olhar”, para a cara da Elisa novamente, virei de costas e peguei uma toalha, cobri minha amiga, retirei-a da piscina e procurei a Marcela. Ela, como sempre, acompanhou todo o processo e com a cara do exorcista (Regan ) novamente.
Pedi mais mil desculpas para Elisa e fui falar com a Marcela. As duas até aceitaram bem .
Preciso de umas aspirinas.....