terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Rapidinhas 03 ...

- Chinelada:

É incrível como o azar me persegue. Acho que em algum momento da minha vida vou ter muita sorte, porque o que estou “gastando de azar” em um espaço de tempo tão curto vai dar pra ficar uns 2.000.000.000.000 de anos só curtindo.
Em uma de nossas viagens a Japuíba (Cachoeiras de Macacu) pegamos um feriado muito chuvoso e como em sítio não tem muita coisa pra fazer os três irmãos, Marcela, Marcel e Marcelo, resolveram ficar fazendo bagunça no quarto. Minha sogra já irritada mandou que eles ficassem quietos por causa do barulho exorbitante que estavam fazendo. Aquela “zona” já estava irritando até a mim. Fala sério. Todos já tínhamos mais de 16 anos naquela época. Ficar de brincadeirinha de travesseiro já era muita bobeira. Depois da terceira bronca minha sogra já veio, da cozinha, com o chinelo na mão. E eu já estava sem o mínimo de paciência com eles. Estava chovendo e fazendo um frio do cão. O que custava eles ficarem quietos. Bem feito. Tinha certeza de que eles iriam apanhar.

Sogra: Já falei pra parar com isso não é ? Já avisei mais de três vezes.
PLAF!
Marcela: Aieh!
Sogra: Cansei de falar !
PLAF!
Marcel: Poh! Sacanagem mãe.
Sogra (The Murder): Sacanagem ? Eu também te avisei.
PLAF!
Marcelo: Sem necessidade isso.
EU (em pensamento): Bem feito para os três. Bando de desordeiros.
Sogra (Minha heroína): Avisei a você também.
PLAF, PLAF, PLAF !
EU: Posso saber o motivo de eu ter apanhado e porque levei mais chineladas do que os outros ?
Sogra (Brutality Woman): É por garantia. Você poderia estar envolvido.





Agora entendo como funciona a cabeça de um policial militar. O pior é, como sempre, sofri punição sem ter feito nada e ainda fiquei com a Marcela rindo da minha cara. Na boa. Se algum de vocês precisar atravessar em meio de um tiroteio é só me levar junto. Tenho certeza que todos os projéteis vão pegar em mim.

- Guitarras envenenadas:



Gostaria de entender o porquê de que quando gostamos de alguma determinada coisa nossa namorada, noiva ou esposa trata aquilo como se fosse um cisco no umbigo.
Nunca fui muito fã de futebol, puteiro e vídeo-game mas gostava de tocar guitarra. Eu disse puteiro também?
Sempre foi uma luta conseguir instrumento pra mim. Primeiro que nunca tive muita verba disponível e segundo que sou canhoto. Isso quer dizer que além de ser difícil encontrar bons instrumentos quando os encontramos eles são os olhos da cara.
Após muita luta vendi minha Jennifer Strato, a Golden Les Paul, que e uma outra que nem marca tinha. Todas para destro. Para quem não entende vou explicar. Strato e Lês Paul são os modelos. Jennifer e Golden são marcas e genéricas. Com o dinheiro da venda, e o que tinha no banco, comprei vários pedais de efeito e distorções. E comprei minha primeira Ibanez. Igualzinha a de cima. E ainda era própria para canhoto. Tudo isso para poder fazer um excelente som. Após todo esse investimento e treinamento rigoroso consegui tocar isso...




Isso é o final da Eruption. Música do Van Halen.
Veja o vídeo aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=ULEBSxP725w

Logo que conclui fui correndo mostrar pra Marcela. Levei todo meu equipamento pra casa dela, liguei tudo mandei ver. Tudo perfeito. Igual ao original...

EU: Viu amor ?
Marcela: Que lindo meu anjo. Mas pra que isso serve? Barulhinho chato.
EU: ..........................


Sabe quando você vê todas aquelas horas e dinheiro gastos em apenas um segundo ? Ainda tenho a guitarra mas o resto vendi tudo. Queria só ver aquela indiferença se tivesse comprado um armário cheio de sapatos femininos e uma tonelada de esmaltes de cores diferentes.
Que humilhação!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Rapidinhas 02 ...

- Tiro de “doze”:

No início de nosso namoro viajávamos bastante para casa do meu sogro em Japuíba. Lá é muito legal. Tem o clima bem de interior mesmo
As viagens sempre foram muito tranqüilas e confortáveis. Eram 6 pessoas dentro de uma FIAT uno 98 que não tinha espaço nem pra pensar. Quando chegávamos no terreno e as portas se abriam era carona voando pra tudo quanto é lado.
Por volta do nosso terceiro ou quarto ano de namoro é que aconteceu o “tiro”. Em uma dessas viagens a marcela me fez cancelar um ensaio da banda em cima da hora para eu poder ir junto com ela. É claro que todos da banda quiseram me matar. Muito contrariado chamei sua atenção afirmando que ela não poderia exigir minha presença e muito menos jogar meus compromissos pro alto. Quem conhece a Marcela sabe que quando não fazemos o que ela está pedindo o tempo fecha. Lembram do lance do Darth Vader a duas atualizações passadas ?
Já dentro do carro, enquanto tentava fazer-la entender minha disponibilidade, a menina estava de cabeça baixa apertanto uma garrafa de água vazia daquelas que a tampa é só de pressão e não tem rosca.
No final do meu discurso, vendo que a tampa poderia soltar, comentei:

Eu: Marcela, cuidado com essa garrafa. Essa tampa pode acabar .......


Marcela: .................................................... Machucou amorzinho ?
Eu: Não !
Marcela: Posso rir então ?
Eu: ..........................

Tenho certeza que, ao acertar meu olho com a tampa, ela ficou feliz pois conseguiu descontar a raiva pelo fato de eu estar falando igual a uma matraca e ainda por cima foi sem querer, o que minimiza toda sua culpa.




- Sandália para sogra:

Não sei todo homem é babaca ou sou apenas eu. Minha querida e amada NOIVA queria comprar uma sandália para sua mãe. Eu e a Conceição, minha sogra, calçamos o mesmo número então ela, como não tinha certeza se o modelo escolhido caberia no pé de sua mãe, teve a brilhante idéia de colocar a sandália no MEU pé. E para saber se ficaria realmente bem me fez andar até o final da loja e voltar.
Foi o único desfile homossexual no Rio Shopping. E a estrela da tarde fui eu.


Rapidinhas ....

Ao ler isso tenho certeza que já se pensa sacanagem mas desta vez, por incrível que pareça, não é. Este tópico será exclusivo para contos mais curtos porém não menos engraçados. Se é que meus relatos são engraçados.

- Carona:
Eis em que em uma sexta-feira, dia em que saio uma hora mais cedo do trabalho, liguei para a Marcela para avisar que ia chegar mais rápido em casa mas adivinhem só. Peguei um engarrafamento absurdo na saída da Ilha do Governador e não liguei para avisar que ia acabar me atrasando ou “não me adiantando” se é que posso colocar desta forma...
Neste dia lindo resolvi dar uma carona para Luciane, minha nova colega de trabalho, e também não avisei nada para minha querida Noiva.
O celular da Luciane toca. Era sua irmã.
Passados então 10 minutos a Marcela me liga perguntando onde eu estava. Expliquei que estava preso no trânsito e aproveitei para me desculpar por não ter ligado e pela possível demora. Neste exato momento a Luciane solta uma gargalhada .....
A Marcela perguntou quem estava comigo e por qual motivo não falei isso .... A matemática não estava ao meu favor...


Para explicar é fácil ... difícil é fazer ela entender.

- Quase sexo casual:
Após 20 horas dirigindo chegamos a Foz do Iguaçu. Quem passa por aquelas bandas tem que ir ao Paraguai e Argentina e como não sou diferente de ninguém acabei indo. Comigo foram o Renato, Paulo e Thiago. Este último, que se considera punk, é um maníaco. Não pode ver mulher. Pena que lhe falta habilidade para com a espécie feminina. Então, no Paraguai, em uma das lojas que visitamos, o maníaco punk gostou de uma das meninas e como já tinha puxado assunto com a Carmen, umas das atendentes da loja, achou por bem me pedir para comentar com ela sobre essa menina.
Então ele teve a idéia de marcarmos para nos encontrar a noite e ela poderia levar sua amiga e nos apresentar melhor seu País. É claro que ele só teve a idéia. Quem teve que ir falar com a Carmen fui eu.
Apesar da dificuldade de comunicação em virtude do meu espanhol horrível consegui fazer o “convite”. Comentei sobre nossa dificuldade de comunicação, ela concordou e rimos um pouco sobre isso. O Renato nos viu rindo, se aproximou e perguntou o que estávamos tramando. ...

Renato: Estou só vendo vocês de longe hein.... Toma cuidado com esse garoto... O que vocês estão tramando?
Eu: Nada de mais ...
Renato: Não te perguntei nada seu mané .... perguntei a ela. Então, o que esse rapaz está tramando ?
Carmen: Nada demais, Ele me convidou para sair a noite. Agente quer sair para se conhecer melhor e se curtir um pouco ........
Renato: ......................................................
Eu: .......................................

Gente, meu Espanhol pode ser ruim, mas não convidei ela pra sair. Apenas espliquei o que o Thiago me pediu e ainda pedi para ela levar uma amiga. De onde ele tirou que eu queria curtir alguma coisa com ela eu não sei. O brabo foi ter que explicar isso pra Marcela quando ela me adicionou no MSN e no Orkut. ´
O pior e que a garota não era nem tão gata ..... Ainda tenho a foto que ela me mandou...


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Barulinho no bolso...

Após meses sem escrever por motivos de "faculdade-e-trabalho maior" volto com força total. Apesar e ficar todo esse tempo longe do teclado minha vida não parou. Ou vocês acham que minha sorte ia voltar? As únicas coisas que voltam são meus cheques...
Estava tão atarefado no trabalho que fiquei 5 semanas sem aparecer direito na faculdade.
Faltei em um mês tudo que o semestre permite.

Bom, sabemos que todo casal tem desentendimentos, isso é fato. Mas graças ao bom Deus conosco são apenas briguinhas que logo são finalizadas. Finalizadas igual ao jiu-jisu. Elas sempre terminam com algum arm-lock, crucifixo ou o bom e velho knock-out.



Este conto se passa no meu último dia de trabalho na B2B soluções. Após 4 anos de trabalho heavy metal me desliguei da empresa para algo mais direcionado a minha graduação (sistemas de Informação). Neste lindo, dia onde os passarinhos cantavam live and let die, passei o inferno na terra. Tinha que aprontar com a contadora os documentos pendentes para admissão na EISA, meu novo trabalho, tinha que passar o trabalho para meu "substiscravo", tirar fotos e ainda fazer meu trabalho matinal. Estava vendo que meu dia ia ser um inferno até a hora da janta...


No fim do dia não tinha forças nem para ir a faculdade. Aproveitei e faltei. O que é mais um dia para quem faltou 5 semanas? Fui buscar então a Marcela. Afinal queria ver minha mulher. A mulher que amo e desejo. Aquela que......

Já no carro........

Marcela: Oi amor
EU: Oi princesa! Como foi seu dia?
Marcela: Tranquilo! e como foi sua despedida na empresa? As meninas te deram algo para te deixar com saudade ?
EU: Saudade? meninas? como assim meu amor?
Marcela: ............Me desculpe. Meu dia hoje foi complicado. Muita coisa na cabeça.

Achei estranho aquilo. Ela não é de ter ciúmes. Aquilo foi estranho mas continuamos
conversando até seu apartamento. Chegando lá demos nosso merecido beijo de boa noite.
Aquele beijo longo e com a mão dela na minha perna... perto do bolso e "pardblergsht
(barulho de saquinho)".
O beijo parou na hora. Ela olhou pra mim com uma cara de morte.

e foi ai que começou...

Marcela: Que porra de barulho é esse ? deixa eu ver o que é barulho de pacote no seu bolso.
Seu safado! Depois diz que não teve despedida de menina nenhuma.
EU: Mas meu anjo.
Marcela: CAAAAALEEEEEEeeeeessaBOCAAAAAAAAAAAAA! (estilo Kiko) Você acha que eu não conheço barulho de pacote de camisinha ?
EU: mas é que....
Marcela: Deixe eu ver isso A-G-O-R-A !
EU: Marcela, você não confia em mim ? .......................
Marcela: tem razão amor....desculpa. É que eu....


EU: Que soco foi esse Marcela? Pra que isso ? Larga meu bolso.....solta isso....solta.

Marcela: Eu vou te matar seu verme! Deixa eu ver isso. Deixe-me ver agora!
Foi então que ela conseguiu pegar o negócio no meu bolso. O clima ficou tenso e sério.
Me senti como se estivesse errado mas ao mesmo tempo sabia que poderia controlar o lado negro da força. A Marcela está com 5 níveis a mais que o lado negro. Ela é o lado branquela .....e azeda .....



O que tinha no meu bolso era um pacote de anti-gripal. Aquele “barulinho” tirou a bruxa do sério. Bruxa? Eu disse isso ?
Eu realmente me pergunto o que teria acontecido se ela tivesse encontrado camisinha no meu bolso.
Achou que sua vida era complicada? Quase morri por causa de um remédio para gripe. Da próxima vez fico doente. É mais seguro assim...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O início da imortalidade...

É incrível como a vida pode ser considerada uma escola não é ? Vocês acham que não tive treinamento árduo para entrar no nível da imortalidade? Acham que o post anterior foi um acontecimento isolado? Mas não foi mesmo.
Meu pai costumava me dizer para curtir certos momentos da vida pois, por mais difícil que pareca estar, o grau de dificuldade das coisas sempre vai aumentando com o passar do tempo. Como filho “padrão” sempre escutava mas não entendia corretamente aquilo. Esse tal “grau de dificuldade” também está diretamente relacionado ao meu namoro com a Marcela é claro. Porque que as coisas tem que ser fáceis para mim? Se tudo fosse fácil não tinha ninguém rindo da minha cara a 10 posts.
Com aproximados quatro anos de namoro eu e a Marcela já trabalhávamos. Eu, na Mundial Sistemas, uma pequena empresa “informal” situada na Freguesia-JPA e a Marcela no Super Mercado Sendas, também na Freguesia-JPA. Na época, com 18 anos, eu ganhava a fortuna de R$ 400,00 trabalhando de segunda a sexta 9 horas diárias e minha noiva, também com 18 anos, tirava R$ 280,00 para trabalhar todos os dias, comendo comida velha e sendo descontada pelos “furtos” que não cometia. Digo furtos porquê o dinheiro sumia na tesouraria e era descontado dos caixas dos atendentes. Chateado com aquela situação consegui uma vaga de atendente na “empresa” que eu trabalhava. Ela também já não agüentava mais aquilo. Agora ela é funcionária pública, graduada pela UERJ e quase com a pós-graduação iniciada, mas ela sabe o que é trabalhar muito para quase nada de retorno.
Até agora não tem nada de engraçado. Só tem desgraça. Mas podemos considerar nossos salários da época como hilários pelo menos. O brabo é que a além de semi-escrava a Marcela teve que pedir demissão das Sendas para ir trabalhar na Mundial Sistemas e é exatamente aí que a comédia começa a tomar forma.
Definitivamente a Marcela não é especialista em contar as coisas. Para esse caso então menos ainda. Ela tinha decidido sair das Sendas e ir para a Mundial Sistemas e queria comunicar isso aos pais. Em uma análise rápida temos:

SENDAS: Escravidão, salário ridículo e absurdos cometidos pela administração.

MUNDIAL SISTEMAS: Salário 30% melhor e a carga horária 50% menor.

Tenho certeza que os pais dela não iriam ligar para essa troca mas mesmo assim ela estava nervosa e apreensiva e pediu minha presença para ela comunicar que estava saindo das Sendas. Saí da empresa e fui para a casa dela mesmo muito cansado pelo dia de trabalho. Quando cheguei lá fui para o quarto e ela pediu que a acompanhasse até a sala para poder comunicar o ocorrido. Agora prestem bem atenção na sena.
A Marcela sai primeiro do quarto com cara de triste e eu saio logo atrás com a cabeça abaixada e a mochila nas costas. Ela, com a voz tremendo, fala:

“Pai........mãe....... eu e o Marcos queremos falar uma coisa para vocês.....”

Não é por nada, mas se minha filha me chama a atenção desta forma o mínimo que eu ia esperar é ela terminando a frase.....

“EU ESTOU GRÁVIDA”......



E vocês acham que meu sogro pensou algo diferente disso? Tanto não pensou que ele arregalou os olhos, fechou a cara e mandou:

“Fala logo Porra.... O que aconteceu?”

Quando percebi que o clima estava ficando brabo tratei de melhorar minha cara de cansado pois parecia que tinha feito alguma merda com a filha do cara. Tratei de apressar a Marcela...

FALEI: “Pode falar amorzinho..... está tudo bem..... é o trabalho né ?”
PENSEI: “ Anda porra.......olha a cara do teu pai.....quer me ver morto? Presta atenção, pelo amor de Deus....”

Quando ela falou que era o lance da troca de emprego meu sogro fez aquela cara de alívio e comentou:

“Ah! Porra....... está bom..... acabou?”

Isso, na minha interpretação, foi um tipo de “UFA!” tanto para mim quanto para ele.....
Após o ocorrido chamei a Marcela no canto e falamos um pouco. Ela mandou aquele sorriso amarelo, falou que tinha percebido a situação mas não ligou muito. Mais dois minutos naquela situação meu sogro iria tomar providencias para eu não fazer mais filhos...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O noivo imortal ...

Avançando para os dias de hoje, exato dia 21/06/09, apresento Saquarema como palco desta minha história.
Com DEZ anos de relacionamento você se coloca em um patamar de segurança e habilidade inquestionáveis. Me considero no mínimo FODA. Humildade o caramba. Sou foda o suficiente para não dar nenhum “mole” com sogro, outra mulher, lingerie de outra na gaveta, jogar amigas em piscinas e por ai vai...
No início do ano eu e Marcela compramos um carrinho maneiro. Um Palio Weekend 97 verde que era do meu sogro. Ela estava inteirinha. Só gastamos R$ 2.200,00 de peças e manutenção. Só isso..... E ainda ganhei bronca do Sr. Oscar (SOGRO) por que o motor estava um pouco sujo. Acho que a limpeza era mais importante do que a ponta da homocinética esquerda, os quatro amortecedores, batentes, buchas, alinhamento, troca do óleo semi-sintético, troca do filtro de óleo, freios, IPVA, vistoria GNV, insulfilm, som, 4 auto-falantes e por ultimo o maldito RESERVATÓRIO DE ÁGUA. Se não fosse por este último não tinha que usar minhas habilidades imortais ensinadas por meus mestres.


Após a troca de todas estas peças o carro realmente ficou maneiro. Tenho dívidas que só vão acabar no apocalipse mas o carro está bom. Para ele ficar 100% mesmo só faltam as trocas das borrachas da porta, os quatro limitadores de porta, revisão na parte elétrica, troca de óleo da direção, troca do óleo de freio, pintura, revisão nos vidros elétricos, troca do coletor e tubo de ar e... alguém conhece uma concessionária baratinha? Ou alguém tem alguma arma? Vamos assaltar um Banco desses ? É rapidinho. Se algum policial nos pegar eu conto essa história e ele, de repente, nos dá R$ 50,00 para ajudar nas despesas do carro. Com R$ 50,00 já compro duas borrachas das portas.
Tenho problemas sérios com desvio de atenção. Vamos voltar ao tema....

Fomos então, com o carro 90% ok de acordo com minha concepção, para Saquarema. Viajamos no sábado a noite pois a Marcela tinha curso o dia inteiro impossibilitando a viajem mais cedo. O bichinho anda. Também com motor 1.6 16v. Na ida paramos na estrada para abastecer o GNV. Tenho o costume de sempre verificar a pressão do gás e olhar o que estão fazendo no meu motor. Sou todo fresco com o carro mesmo. Quando olhei para o reservatório de água vi uma rachadura perto da tampa. Com a pressão estava vazando um pouco. Fiquei preocupado pois se aquilo quebrar de vez, com a pressão, prejudica o sistema de refrigeração e o carro pode “ferver” gerando vários problemas considerados como “MUITO CAROS”.
Chegamos então ao destino e comuniquei o ocorrido ao meu sogro e deixamos para verificar isso no dia seguinte. Curtimos o dia...





De tardinha o Sr. Oscar utilizou de seus métodos extremamente eficazes na solução deste problema. Iríamos viajar de volta no fim do dia e ia ser muito ruim voltar com o carro naquela situação.
Tenho que admitir que o cara é bom. Ele usou Superbonder com algodão. Lixou o reservatório para limpar e melhorar a aderência na superfície. A Superbonder petrificou as fibras do algodão que em contato com o reservatório criou um acamada que tampou a rachadura. O cara é o MacGyver. Vejam como ficou a parada...

Após o reparo fantástico meu sogrão lembra do “respiro” quebrado e diz que é só prender com um lacre de fio e pede para eu procurar no porta-luva. Eu sabia que não tinha por que tinha arrumado o carro todo recentemente mas fui verificar assim mesmo. Comuniquei a ele que não tinha e sai do banco do carona. Ele saiu da frente do carro e foi olha o porta-luva. De repente eu escuto:

“ O que é isso aqui ? Ahhhhh! Eu sabiiiiaaa. Depois diz que não né ?”

Eu fiquei curioso para saber do que ele estava falando....foi quando lembrei das minhas amiguinhas Jontex....... Esqueci que aquela merda estava lá. Pode parecer absurdo o pai dela fazer esse tipo de comentário após 10 anos de namoro mas vocês não conhecem a peça. Ainda não tinha olhado para a cara dele e pensei que ele ia estar muito puto da vida. Foi quando ele veio, com um puta sorriso na cara, e manda:

“Peguei né ? a Marcela sabe disso ? hauahuahauhauahuahhaau”....

Ele riu disso ? Era para ele ter me matado umas 3 vezes. Não é possível. Só pode estar chegando o fim dos tempos. O bom é que se o apocalipse realmente está chegando minhas dívidas estão acabando.



Ontem descobri que realmente sou F.O.D.A (Fui um Ótimo De uma Anta).

O caso Elisa Picquenard 02....

Tempos atrás, na época da escola, minha Marcela dizia que eu e a Elisa tínhamos uma espécie de “caso”. Isso porque de vez em quando aconteciam, obviamente sem querer, coisas como a do “Caso Elisa Piquenard...” citado a dois posts atrás.
Pois bem, não satisfeito em ver, mesmo que por um breve instante, a comissão de frente de minha respeitável amiga Magrela, ou “Puro Osso”, eu tinha que aprontar mais alguma coisa. Nesta época o Guga era "peguete" da Elisa como podem observar na foto do dia do evento:


Desta vez a quantidade de pessoas envolvidas era bem maior que a anterior. Nesta época, com quase dois anos de namoro, ainda era ruim conseguir tirar a Marcela de casa para alguma coisa. Meu sogro era carne de pescoço e marcava durinho, durinho.
O evento era “O” churrasco na casa de nosso amigo Gustavo Vinhas. Casinha maneiríssima, os pais dele são gente finíssima e sem falar de seu irmão e seu Puddle branco. Chamava o Gustavo de Mister Guga e ele me chamava de Mister Marck. Nomes loucos estes porque tocávamos guitarra e é mais ou menos assim que os guitarristas famosos são anunciados em espetáculos...
Uma das coisas mais legais da casa do Guga (Gustavo Vinhas) era a piscina, palco de mais um acontecimento com a Puro Osso.......digo, Elisa. Passamos uma tarde ótima. Brincamos muito, curtimos a excelente comida e finalmente é chagada a hora de partirmos. A galera foi trocando de roupa e eu enrolando um pouquinho para curtir mais a piscina. Foi então que a Marcela me chama:

“ Vamos Marcos. Meu pai já está quase chegando. Ele vai nos dar uma carona . Você vai comigo certo?”

Até hoje não sei ao certo se esse tipo de coisa é considerado como pergunta. Imaginem se eu digo que não vou porque quero ficar lá mais um pouquinho. Até parece que ela ia aceitar tal coisa. Até hoje não sei o motivo dela fazer esses tipos de perguntas. Eu não tenho muita escolha mesmo. Ela costuma fazer esses tipos de caras após as supostas opções dadas...


O que sei é que sair meio transtornado da piscina e adivinhem que vem de encontro a mim ? A pobre da Elisa. Ela estava usando aqueles shortinhos de praia e uma blusinha branca. Não lembro da cor do short mas a da blusa eu lembro muito bem. Ela passou por mim pela beira da piscina então não pensei duas vezes. Dei apenas um empurrãozinho e então “Chuá!” . Pela roupa tinha certeza que ela ainda estava de biquíni. Ela demorou uns vinte segundo para subir. Fez questão de cruzar toda a piscina até onde a galera não estava. Eu a segui, solidariamente, para ajudar a sair da água. Afinal eu não ia ser escroto o suficiente para derrubá-la e não ajudar a sair da água.
Quando fui de encontro a ela, com água pela cintura ela estava assim:




Pro caralho que raio não cai duas vezes em um só lugar.
Ela JÁ TINHA trocado de roupa. O que eu podia fazer? Gritar "Peitinhoooooooo" ?

Olhei para cara da Elisa, para o “impossível de não olhar”, para a cara da Elisa novamente, virei de costas e peguei uma toalha, cobri minha amiga, retirei-a da piscina e procurei a Marcela. Ela, como sempre, acompanhou todo o processo e com a cara do exorcista (Regan ) novamente.
Pedi mais mil desculpas para Elisa e fui falar com a Marcela. As duas até aceitaram bem .
Preciso de umas aspirinas.....

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados...

Em uma conta rápida baseada em dez anos de namoro achamos o resultado aproximado de dez dias dos namorados. Dez tipos de presentes diferentes. DEZ. Não são dois, quatro ou trinta. São dez. Um desses nunca vai sair de minha mente ou da Marcela pois ela faz questão de esfregar na minha fuça.
Se não me engano foi no nosso segundo ano de namoro. Adolescente, 17 anos e duro. Nessa época não tinha dinheiro para nada. Meu dinheiro mal dava para ir de ônibus para casa após as aulas. Na maioria das vezes ia de carona com meu pai e voltava pra casa andando. O negócio era brabo. Tão brabo que uma vez sofri uma tentativa de assalto e quando contei minha história pro assaltante ele me pagou um salgado e um refresco.
Bem.... Percebendo que havia chegado o tal dia dos namorados e sabendo que a Marcela era uma garota bacana, tinha certeza de que ela ia entender que estava sem grana. Afinal eu morava no condomínio Cidade de Deus e meu pai tinha um Monza 87 preto, ou seja, até o pai do cara não tinha grana. Foi exatamente nesse momento que entrou em atividade minha área de cerebral de idéias brilhantes. Exatamente aquela área em que me fez avisar a Marcela que tinha visto os seios da Elisa, situação esta citada no post anterior. Como tinha exatos R$ 4,00 no bolso comprei um Muffin de chocolate escondido e quando encontrei com ela falei:

“Feliz dia dos namorados minha princesa....” E entreguei o diabo do muffin.

Foi ai que descobri como fica a Marcela quando não está satisfeita com alguma coisa. A cara de insatisfação que ela faz misturada com o sorriso amarelo são inconfundíveis.


Está certo. Isso não é presente que se dê mas precisava socar minha cara com aquele olhar “From Hell”?
Afinal de contas eu era o pobretão da parada. Tadinho de mim não é ? Tinha que ter um desconto.

CAPITÃO MARCELAMENTO: "Tadinho o cacete senhor zero meia. Então quer dizer que se sua namorada não ganha um presente adequado você compre uma porra de muffin? Vai fazer o que com esse muffin? Vai jogar no chão? Vai enfiar no (*) ? Então compra um presente direito porra. 2 anos de curso poh!

Nesse dia aprendi a não confundir esforço com resultado.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O caso Elisa Picquenard ...

A lei de Murphy devia trocar de nome. Deveria se chamar lei de “Fuder com o Marcos”. Acho que seria o nome perfeito. Vou tentar explicar o porque afirmei isso.
No segundo grau fizemos muitos amigos. Amigos esses que temos contato até hoje e uma delas é o tema deste post. A francesa Elisa Picquenard .



Essas pessoas participaram de alguns momentos de nosso relacionamento. Alguns destes momentos me ajudaram e outros acabaram com meu dia.
Como podem observar na foto acima a menina é uma princesa. Linda em todos os aspectos, gentil, inteligente, besta.....ops! rssrsr.
Bom, vou retomar o raciocínio......

O uniforme que usávamos na escola ela lindo. Uma blusa branca com gola pólo azul que esgarçava em duas lavadas e era cara pra caramba. Acho que aquelas camisas eram feitas de polvilho ou de salário mínimo. Não durava porra nenhuma.
Em uma quarta-feira, dia de educação física, estávamos todos sentados em um corredorzinho ao lado da rampa que levava para o segundo andar da escola. Dia de educação física era perfeito para usar as piores blusas. Afinal, era a oportunidade perfeita de colocar o farrapo disfarçado de uniforme para uso, já que íamos nos sujar e suar pacas. A Elisa não era diferente de ninguém. A blusa que ela estava usando aquele dia estava pior que a camisa do Vasco (pano de chão). A gola estava tão esgarçada que parecia que ela tinha vestido a camisa pela cintura e foi exatamente neste ponto que me ferrei. Ela sabia que a camisa estava com a gola larga, então colocou um top azul para não mostrar os seios. O brabo foi que ela não se ligou que o top também estava largo.
Sabe quando você fica com o olhar perdido? Nós focamos em alguma coisa mas na verdade estamos concentrados no pensamento e não na imagem. Adivinhem onde eu estava focando ? Quando me liguei estava concentrado nos seios da garota. Fiquei cheio de vergonha e comecei a pensar em como falar com ela que seus peitos estavam de fora. Não sabia como explicar que eu sabia que seus seios estavam aparecendo mas eu não estava olhando. Olha que contradição. Foi ai que eu tive a brilhante idéia de chamar a Marcela.
Então falei:
“Amorzinho, avisa pra Elisa que os seios dela estão aparecendo. Não quero falar com ela porque fica meio estranho. Diz que foi você que viu”.

E ela me responde:
“Legal isso senhor marcos. Se não estivesse babando nos peitos dela provavelmente você realmente não teria visto”.

E ela me vira as costas e grita para Elisa:
“Elisa, o Marcos estava olhando para seus peitos e descobriu que está dando para ver”.


Fiquei mais ou menos me sentindo assim...................

A Marcela fechou a cara e, além de ter que me explicar para Elisa, tive que me explicar para ela.

Se eu pego esse Murphy na rua, tirava a roupa preta dele..... que moleque.....

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Segundo contato com o sogro...


Esses dias me peguei pensando em como eu serei quando for pai. Não tenho preferência pelo sexo do bebê mas simpatizo muito com menina e que de acordo com a Marcela será Sophia. Se for menina mesmo irei esperar ansioso pelos seus 15 anos. Imaginem só aquele monte de urubus sedentos por sexo “sobrevoando” minha casa. Vai ser o máximo. Continuem imaginando o tipo de terrorismo que poderei fazer com cada um projeto de namorado que a Sophia irá levar lá para casa. Saquem só o diálogo de teatro básico:

Sophia: Pai esse aqui é meu namorado.
Pai FDP (eu): Sério? .... sente aqui meu rapaz. Filha, prepara uma coisa pro rapaz comer, ele deve estar com fome.
Sophia: Tah bom papai, já volto.....
Urubu: E aeh “seu” Marcos, meu “cumpade”.... tudo tranqüilo?
Pai FDP (eu): Cumpade é o caralho rapaz....não batizei filho nenhum teu porra. E que merda é essa de tranqüilo? Tah fumado ? tah com bagulho aeh ? Se liga seu arrombado de merda, minha filha é 0 km tah ligado? O ginecologista dela é meu “braço” (mentira pura) seu viciadinho de bosta. Sempre pergunto a ele como tah o motor da minha filha. Se descobrir que o que era para estar lá não está mais é melhor você encher o cú de manteiga porque pra onde vou te mandar nem o diabo entra. Ciente ou quer que eu repita?
Urubu: ......................................snif...............................hrrhrhrhr (dentes batendo)........


Tenho certeza que com essas coisas a Marcela vai ter muito trabalho para acalmar a Sophia. A Menina pode pensar que os namorados somem de casa por causa dela....hihihihi.
Bom, dei essa volta toda para tentar explicar, ou entender, o que devia, ou deve, passar pela cabeça do pai da marcela ao me ver. O cara cria uma filha por 15 anos e me aparece um moleque com um bigodinho que parecia uma lacraia tatuada na cara, e que mora na Cidade de Deus, se auto denominando namorado. Só podia ser brincadeira.
O fato é que depois que meu sogro falou que “NÃO QUERIA CONHECER POOOOORRRRRRAAAAAAA NENHUMA DE NAMORADO” fiquei sem aparecer lá o máximo que consegui. Mas não pude fugir para sempre. Um belo dia, fazendo trabalho com a Marcela e nosso amigo Gustavo Vinhas

(http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=12190584269078038929), a mãe dela nos chamou para lanchar. Sempre fazíamos os trabalhos lá na portaria então nunca precisei entrar no AP. Fiquei com tanto medo que meu corpo reagiu automaticamente aos estímulos esternos, o que me ferrou completamente pois quando “dei por mim” já estava no terceiro andar na frente da porta. Me senti como John Constantine quando foi ao inferno só que o “asshole” da parada era eu. Entrei no apartamento e desaprendi o que era reflexo. Até para levantar um braço eu tinha que raciocinar. Se me distraísse por um só segundo meu diafragma e coração paravam de funcionar. Para vocês terem uma noção o chão do AP era com um piso esverdeado. Escolhi um quadradinho daqueles e fiquei parado lá até quase a hora de sair. O pai dela nem olhava pra minha cara. Parecia que eu era um tipo de “Gasparzinho”. Gasparzinho com um bigode de lacraia. E para completar o Gustavo gostava de blues e o pai dela adora Blues e Jazz. Na época não conhecia muito sobre esses temas musicais então não tinha muito assunto. Eles conversaram por horas e eu em pé na porra do quadrado verde. Mais dez minutos em pé naquela merda e eu ia me tornar parte do apartamento e fazer parte do IPTU que o pai dela paga todo o ano.
Resumo, neste dia., para meu atual sogro, entrei e saí do apartamento igual ao meu salário. Sem nem perceber que existe...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Aprendendo a tolerar....



Pois bem, resolvi não escrever agora sobre meu segundo encontro com meu sogro. Vai ficar melhor para um segundo momento. Ao invés disso gostaria de contar algo sobre como aprendi a tolerar certas coisas dentro de um relacionamento. Mais complicado que isso só conseguir falar com o Michel enquanto ele joga vídeo-game.


Tenho problemas sérios em seguir uma linha de pensamento. E como diria o Capitão Nascimento, meu anti-herói preferido: “ Deixa eu............. retomar o raciocínio”.

É incrível como as mulheres tem problemas para se arrumarem. Na verdade não sei dizer exatamente se o tempo absurdo que elas gastam para tal feito é considerado como um problema, mas vamos analisar. Não é possível que elas gastem 2 horas, ou até mais, para tomar um banho e vestir uma roupa. Cara! É só seguir a ordem. Tira a roupa, depois entra no chuveiro e vai se molhando. Enquanto isso já vai se ensaboando e aproveitando para passar o xampu e, como a água já está caindo, aproveita para se enxaguar. Depois é só se enxugar e vestir a roupa. Qual a dificuldade com esse algoritmo ? Porque tem que fazer zilhões de combinações de roupas? Porque tem que pintar o olho todo? Porque tem experimentar 60 pares de sandálias e ainda depois reclamar que não tem sapato? Nós, os homens, levamos uns 20 minutos no máximo e a única coisa que temos a menos para vestir é o sutiã. Deus, que é Deus, levou 7 dias para construir tudo isso aqui. Se Deus fosse mulher provavelmente a raça humana ainda estaria perdida dentro de um tipo de bolsa divina...... rosa e com detalhes rosa-escuro, um must..... “aaaaaai ! que delííííííícia (com voz de fofão)”.
Bom, depois deste desabafo já dá para saber que em meados de 2000 ou 2001, não tenho certeza, já tínhamos nossas brigas sobre o tempo que ela levava para se aprontar. Eu sempre ia, de manhã, no condomínio dela para irmos juntos para a escola e ela nunca estava lá em baixo na hora combinada. Como vocês já sabem pelo post anterior, não gostava de subir ao seu apartamento com medo de ser o café da manhã do meu sogro então pedia que ela me esperasse na portaria do prédio.

Em uma ocasião, muito transtornado com o fato dela nunca estar lá em baixo disse que se na próxima vez que ela não estivesse me esperando no local e hora combinados eu ia passar direto sem falar nada. Adivinhem o que aconteceu no dia seguinte? Tcharam! Ela não estava na por........caria do lugar. Cheguei uns 10 minutos mais cedo e fiquei esperando até a hora marcada e ela não desceu. Fiz questão de ficar lá por mais 40 minutos sem tocar o interfone. Perdi o primeiro tempo de aula só para ter o prazer de encontrar com ela na portaria e descer o esporro. O tempo passou, ela não desceu e eu fui para escola sozinho xingando ela de tudo quanto é nome em meus pensamentos. Estava doido para vê-la na escola e começar a falar. Acabou o segundo tempo e ela nada de aparecer. Então resolvi ligar para sua casa e perguntar a ela o porque ela não tinha me ligado para avisar que não ia a aula. Afinal de contas eu era, e sou, seu namorado e ela tinha que ter me avisado. Quando liguei, o Marcelo atendeu me contando que ela tinha ido para o hospital na noite anterior e que tinha entrado na sala de cirurgia às pressas por causa de uma apendicite. Meu mundo veio a baixo em 1 segundo. Fiquei extremamente preocupado com ela e não conseguia me perdoar por ter sido tão egoísta a ponto de não ter interfonado para chama-la de manhã. O que custava? Era só apertar um botão e pronto. Ela não tinha descido porque não estava em casa e eu não descobri isso porque tinha sido um completo idiota. Nesse dia aprendi que certos aborrecimentos não vale a pena e que muitos de nossos problemas somos nós que fazemos questão de desenvolver e cultivar como uma erva daninha em nossas vidas.
Ao fim da aula fui correndo ao hospital e, graças a Deus, ela já tinha sido operada e estava tudo bem. Passei com ela quase todos os dias de recuperação acompanhado tudo bem de perto e a aprendendo a tolerar não a forma com que a Marcela se arrumava ou tempo que ela levava para tal mas sim minha ignorância................

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Primeiro contato com meu sogro...



Eu juro que tentei não escrever sobre isso, mas a idéia e passar informações completas destes 10 anos não é verdade ? Como conseguir contar sobre nosso relacionamento sem contar meu primeiro contato com meu “sogrão”? Mais impossível que isso só o Daniel Medina arrumar o AP quando a Dani não está por lá.....




mas deixa eu retomar o raciocínio....

Pois bem. Após uns 2 meses de namoro mais ou menos, uma pressão sutil de 1.000 toneladas da marcela para conhecer seu pai e inúmeros convites para subir até seu apartamento resolvi comparecer ao mesmo. Nesse meio tempo conheci sua mãe, seu irmão mais velho e mais novo. Maria da Conceição, Marcelo e Marcel respectivamente. Já conhecia todo mundo...... a galera não tinha demonstrado nenhum sinal de antipatia...... então pensei:
“ O sogro vai ser moleza....não vou ter problemas.....não vou me preocupar a toa.”
Confesso que nesse dia, apesar de estar tentando me auto estimular, não fazia muita questão de esbarrar com a pai dela. Tinha medo. Afinal ela é a única filha mulher e tal..... O tempo passa e eu disfarçando para tentar gastar tempo...cada segundo consumido parecia uma eternidade. Mais angustiante que isso só enfiar agulha em baixo da unha.
O tempo passou e ele não chegou. A Marcela fazia uma cara de chateada e eu fingindo que não estava feliz com aquilo. Ela que me perdoe mas olha só a pressão em cima do lombo aqui. Eu é que sei... Então com um sorriso de uma orelha a outra solto a frase:
“Que pena......estou realmente triste meu amor ( e dá-lhe sorriso) ...... Deixa para próxima né ?”
Minha cara era mais ou menos essa...


Quando me viro as costas após me despedir me vem a Marcela e com aquela cara de “danadinha” e manda “na lata”:
“Adivinha quem chegou”?
Conhecem a expressão “No cú não passa uma agulha” ?
PQP eu pensei ..... respirei fundo e fui. Tentava vê-lo mas não conseguia por causa do ângulo da portaria. A Marcela lá na frente colocou a cabeça pela grade que junta a recepção do prédio com a garagem e pergunta ao pai:
“Pai..... meu namorado está aqui, quer conhecê-lo?”
E ele responde:
“ AH! NÃO QUERO CONHECER POOOOORRRRRRAAAAAAA NENHUMA DE NAMORADO NÃO.”
Lembram do cú que não passava uma agulha ? Pois é, ele apertou mais ainda. Se eu peidasse explodia minha cabeça. Desculpem os termos mas era exatamente como me sentia.
Passei mais um monte de meses sem subir até o apartamento dela....se não me engano conheci o Sr Oscar (sogro) com 5 meses de namoro ou mais. Conto depois como foi quando consegui entrar no AP dela...... ai,ai.... que vida....tsc,tsc,tsc.

Um ano completo...

Vou avançar um pouquinho no tempo e falar sobre nosso aniversário de um ano de namoro. Podemos interpretar isso como um ano de alegria ou pensar que faltava apenas um ano para o meu tio jogar os aviões nas tor......deixa para lá..... Vou retomar o raciocínio ....

Quando fizemos um ano a marcela fez um caderno para mim......
Isso mesmo.... ganhei um caderno 15,0x20,0 cm com umas 60 páginas completo de declarações.... Tinham frases do Carlos D. de Andrade, Chico Buarque, milhões de “Eu te Amo”, recortes com imagens e frases de amor, questionários, uma relação de músicas que faziam ela pensar em mim, tipo a “Just to be Close You – Tim Gray” . Ela escreveu a letra em inglês e traduziu cada estrofe. Tem muitas outras coisas que irei contando ao longo das postagens.

Mas gostaria de compartilhar um detalhe.... Olha o que ela guardou durante quase um ano ...




E eu, como não posso ficar atrás, mantenho isso guardado por quase 10 anos.
Nessa época, com 16 anos, a Marcela, que sempre me chamou de "Meu anjo", já escrevia assim:

Anjo, meu pequeno anjo

Meu pequeno anjo...
Sabia que você
Meu anjo
É uma coisa que sempre sonhei em ter

Sabia que por você ter caído na minha frente
Meu anjo
Eu percebo coisas que antes não conseguia ver?

Meu anjo, meu pequeno anjo
De asa quebrada
Me mostre o amor que o destino me guardava

Meu anjo, meu pequeno anjo
Que não consegue mais voar
Não faça essa simples mortal por ti chorar

Anjo, não me deixe
Anjo, você já é parte do meu caminho
Anjo, você é o sentido que me guia
Anjo... meu pequeno anjo de asa quebrada
Você é a luz
A iluminação que eu pedia.”

By Marcela de Oliveira

Esse lance de anjo que caiu me leva a crer que ou eu sou Lúcifer expulso por Deus, o que quer dizer que ela me chamou de demônio, ou é aquela piada:
“Caiu do céu hein...... e foi de cara..... ai! que tombo feio....”

Brincadeiras a parte adoro esse poema .... fico mais feliz ainda em saber que foi para mim.

Nesta época éramos mais ou menos assim....



Felicidades a todos e até breve!

E no princípio .....

Olá meu povo.....
Resolvi criar um blog (aplausos....)!
Pois é ...Nem eu acredito nisso. Marcos Gabriel dos Reis Mendes escrevendo ? como assim ? Ele nem sabe o que é sintagma nominal e quer escrever algo? Absurdo....rs
Bom, resolvi criar este blog em homenagem a minha “namonoiva” e ao nosso relacionamento de 10 anos é claro. Temos muitas histórias engraçadas, e outras nem tanto, que acredito terem marcado minha vida e a dela também. Coisa boas que servem como um tipo de “lubrificante” na engrenagem de nosso relacionamento e fazem muito bem recordar. Podemos aproveitar isso para dar boas risadas também.

Vamos começar então com alguns exemplos de coisas estranhas que nos acompanham. Para início de conversa começamos a namorar no dia 11 de setembro ......pois é ...... mas foi em 1999. Não tive nada com o Bin Laden dos Reis Mendes ..... Nada.....rs.
É como costumam brincar ...
” Feliz Aniversário de namoro Marcela....2 anos hein ! Olha na TV o que fiz para você.... BUM! Nas torres gêmeas” .
Se o negócio já começou assim, imaginem o que tem por vir......

Gostaria então de citar alguns exemplos do que significam 10 anos. Vejamos no Google ...








Sem comentários.....

Por esses dias estávamos lembrando de nosso primeiro beijo. Foi na Freguesia, no ponto de ônibus em frente ao MC Donald’s. Lembro como se fosse hoje.... Tínhamos 15 anos. Aqueles lábios lindos e carnudos da Marcela se aproximavam dos meus... meu coração batendo rápido ..... eu estava nervoso .... tão nervoso que não consegui ficar apenas nos lábios ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................ ............................
Foi o duelo de dentes mais gostoso que já tive..... parecia que tinha levado um chute na boca. Todos os meus dentes pareciam tão bambos quanto minhas pernas. Fui para casa pensando nela assim como penso até hoje. ....


Bom....aguardo vocês na próxima postagem que deverá ser muito em breve... tenho muuuuuuita coisa para contar.
Felicidades a todos...